terça-feira, 25 de março de 2008

Mundo Frágil

O Amor, como já ouvi num filme, é de facto um lugar estranho. Transporta-nos para uma outra dimensão, em que o mundo que nos rodeia passa a uma pequena e frágil bolha de oxigénio, sem a qual corremos o risco de definhar.
Sabendo isto, ou algo semelhante, acho estranho que de parte a parte não tenhamos mais cuidado com aquilo que fazemos ou dizemos. Essa pequena bolha de oxigénio rapidamente rebenta dando origem a um gigantesco vazio no nosso coração. E quando digo nosso, digo de ambas as partes. Cada vez é mais dificil definirmos os limites de uma relação, bem como aquilo que cada um está disposto a conceder. Superado esse pequeno grande obstáculo que talvez se chame sinceridade, a relação poderá passar por muitos altos e baixos, mas resistirá sempre.
A experiência mais recente que tive, foi talvez a que mais me ensinou, porque para variar um pouco, decidi ser um pouco egoista, e descobri que o mundo se apresenta de outra forma. É importante sabermos aquilo que estamos dispostos a abdicar e que queremos dar, e definitivamente eu descobri que não estou disposto a abdicar anos de vida de felicidade e a dar mais do que já dei. Não foi uma decisão fácil, porque por vezes pequenos momentos compensam por muitos dos restantes maus, mas um dia inevitavelmente acabariam os pequenos momentos, e eu teria deitado fora a minha juventude. Não só a do B.I., mas em especial a mental. Ainda tenho demasiado para dar, demasiado para sentir, para me agarrar a algo que sei que não vai passar de uma recordação.
Questões como a quantificação do quanto amamos uma pessoa põe-se nestas alturas, mas roçam o riduculo, pois isso não é sequer mensurável. Quando se gosta, podemos quantificar, agora quando amamos, é de corpo e alma. E descobrir um dia, que não é correspondido? Trememos de corpo e alma, e o nosso mundo desaba. Ansiamos que uma enorme onda nos leve para uma terra longe e isolada de qualquer contacto humano, para podermos restituir uma nova direcção, uma nova razão à nossa vida. Porquê? Temo que seja a natureza humana...
E assim se vai fazendo a nossa penosa, mas gratificante caminhada na terra.
Dizes tu?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Padrões ou ausência deles?

Das coisas que mais me intriga acerca do sexo oposto são os padrões de escolha, ou aliás, a ausência deles. Sempre me interroguei, e penso que vou continuar assim, sobre quais as características que procuram num homem...
É estranho quando ouvimos uma mulher dizer: "que gajo bom!!". Eu digo estranho, porque se de seguida vos perguntarmos o porque do "Gajo bom" não vai existir um padrão comum a todas, o qual possa ser discutivel, ou não. No nosso caso, as coisas são mais simples. A nossa designação de "gaija boa" corresponde a uma norma internacional, bastante rigorosa, e unanimemente apoiada pela maioria das raças de machos por esse mundo fora. Quando falamos de "gaija boa", qualquer macho nas redondezas, olha, e tece o seu comentario, do estilo, "é boa, mas também não tanto", ou "é mesmo boa", talvez "podre de boa", e mesmo "boa que até doi", mas em circunstância alguma deixa de ser "boa". E logo aí, quem avistou a fêmea, percebe que à volta todos estão a falar na mesma frequência.
Este é um claro exemplo das dificuldades que enfrentamos no dia-a-dia da vida que construimos a tentar perceber-vos.

Dizes tu? Digo eu.

Começo por dizer eu

Custar, custa sempre. Que mania que vocês têm de dizer que não custa. Que faz parte da vida, que são homens fortes e por isso não sofrem. Tretas! Às vezes, gostava de ser uma mosquinha para poder ver-vos a chorar de vez em quando... E sentir-me feliz! Não por vos desejar mal, mau era, mas por saber-vos na mesma fragilidade que nós. Por saber que, se naquele momento soprásse um vento forte, iria ver-vos cair desamparados, tal e qual como nós. Somos feitos do mesmo, não há cá diferenças nas misturas de pozinhos mágicos inventados à nascença de cada um de nós. Tu és igual a mim, e eu sou igual a ti! Tratemo-nos assim, talvez não fosse mau experimentar...

terça-feira, 11 de março de 2008

Primogénito

Sendo este o post de abertura, deposito nele todas as minhas esperanças...

As esperanças, que já não sao muitas, por aqui se ficam!!!
E assim o digo, porque o objectivo não é encontrar aqui palavras de conforto, mas sim gritos de guerra que nos permitam enfrentar a selva do dia-a-dia. Espero aqui encontrar aquele guia precioso, que não dá os pormenores (ou a nossa vida perderia todo o seu mistério e encanto), mas as direcções certas para aquilo que procuramos e que tanto ambicionamos.

Dizes tu? Não... Digo eu!